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Planejamento Fonoaudiológicos


Procedimentos Fonoaudiológicos/Fonoterapêuticos


Estimulações orofaciais extra e intra orais; estimulações sensoriais (órgãos dos sentidos: olfativas, gustativas, visuais, auditivas, táteis); estimulações direta e indireta da deglutição; estimulações linguísticas, estimulações cognitivas;
- Exames complementares (nível cognitivo);
- Discussão do caso.

Procedimentos fonoterapêuticos:

- Otimização do nível cognitivo;
-“Higiene oral”;
- Estimulação Sensório-motora oral;
-Postura;
- Mobilidade do sistema estomatognático;
- Deglutição;
- Cuidados com traqueostomia;
- Orientações

Otimização do nível cognitivo:
- Estimulação sensorial global (órgãos dos sentidos);
-Orientações quanto à participação do acompanhante;

Higiene oral
- Retirada de restos alimentares e outros resíduos, como secreções, fluídos ou excesso de saliva instalados na cavidade bucal;

- Objetivo: propriocepção oral, melhorar a aferência oral (gosto, temperatura, tato);
- Diminuir risco de proliferação de bactérias;
- Modificação ao longo do tempo da configuração do tecido que recobre a língua (cobertura esbranquiçada formada por resíduo alimentar, de difícil retirada);

- Procedimento ensinado ao cuidador e auxiliar de enfermagem ou realizado pelo próprio idoso se o mesmo apresentar condições para efetuação de tal procedimento;

Fatores: frequência de alimentação via oral, presença ou ausência de estase salivar em cavidade bucal, hiposalivação, produção abundante de secreção, dificuldade para cuspir.

Estimulação sensorio-motora oral:


-Massagem digital extra e intra oral;
-Variedade de odores, sabores, texturas e temperaturas;
-Adequar padrões musculares inadequados.

Postura:
Com o envelhecimento ocorre uma diminuição de estatura, devido ao achatamento das vértebras, cifose dorsal e presença de osteófitos, que muitas vezes agravam a deglutição. Faz-se necessário o uso de manobras posturais com o objetivo de adequar o padrão de deglutição.

O posicionamento do paciente durante alimentação é um dos principais cuidados tomados, a fim de evitar a ocorrência da aspiração pulmonar. (Cuidados especiais para idosos acamados: contraturas musculares, úlceras de pressão)

Mobilidade do sistema estomatognático:

Técnicas indiretas: exercícios de mobilidade do SSMO, estimulação do ato da deglutição, exercícios de proteção de VAs)

Controle motor oral do bolo

- Elevar/abaixar a ponta de língua,
- Elevar/abaixar o dorso de língua,
- Protruir e retrair a língua,
- Lateralizar a língua,
- Varredura de palato,
- Manipulação intra-oral de garrote,
- Gaze embebida

Estimulação da deglutição
_ espelho laríngeo 00 ou 0 gelado
_ água congelada numa seringa de 5ml ou menor
_ água congelada na luva ou dedeira
_ gelo picado/ água gelada (utilizar técnica dos 4 dedos para verificar elevação e anteriorização laríngea)

Proteção da via aérea

_ empuxo,
_ ataque vocal brusco,
_ tosse + som vocálico,
_ deglutição incompleta sonorizada,
_ pressão sobre a cartilagem tireóide,
_ mudança de postura de cabeça,
_ variação tonal
_ protrusão e retração da língua

Terapia indireta:
_ Exercícios de motricidade oral
_ Trabalhar a sensibilidade extra e intra oral (Materiais diferentes, temperatura)
_ Inibição dos reflexos patológicos

Reflexo de procura: tocar os pontos cardiais, um de cada vez, ao mesmo tempo em que se impede a movimentação de cabeça em direção à fonte;

Reflexo de sucção: 
o estímulo é dado tocando-se os lábios que devem ser mantidos relaxados ou um pouco retraídos, impedindo a sua protrusão;

Reflexo de mordida: são dados toques nas gengivas, lateralmente, ao mesmo tempo em que a mandíbula é mantida firmemente ocluída, impedindo-se movimentos vigorosos de abertura e fechamento;

Reflexo de vômito:
 é tocada a região da língua em que o reflexo esteja presente e segura-se, firmemente sua ponta contra o assoalho da boca, ao mesmo tempo que é forçada em direção posterior, impedindo desta maneira sua protrusão.

-Técnicas diretas (modificações nas características da dieta: 
consistência, textura e volume; posicionamento da dieta na cavidade oral; controle do bolo alimentar; manobras posturais de cabeça; deglutição supraglótica; deglutição super-supraglótica; manobra de Mendelsohn) e/ou indiretas

Terapia direta: introdução da dieta por via oral, utilizando manobras terapêuticas quando necessárias


Terapia direta:

Consistência - Começar com o que for mais fácil para o paciente e ir aumentando a dificuldade à medida que a terapia evolui;

Volume - Deve ser de acordo com as possibilidades do paciente. Os volumes muito pequenos são utilizados mais para a estimulação gustativa.
Em pacientes com hipo sensibilidade intra-oral para quantidades pequenas podem provocar micro-aspirações;
Volumes maiores como de 3 a 5 ml fornecem mais pistas para o paciente sendo mais funcional.

- Temperatura - ROSENBEK et al. relata que os alimentos frios têm um tempo diminuído no trânsito oral, com melhora no disparo do reflexo da deglutição.
Os alimentos frios dão mais pistas ao paciente porque diferem da temperatura da cavidade oral.

Os alimentos com temperatura mais morna podem relaxar as estruturas da cavidade oral dando ao paciente maior tempo de preparo do bolo.

-Postura corporal – Sempre que possível 90°
Mudança de Postura de Cabeça

- Cabeça para baixo (fases: preparatória, oral e faríngea)

Objetivos: Fechamento laríngeo (Proteção V.A) e Manutenção do alimento em cavidade oral

Indicações: Paralisia laríngea; Aspiração antes e/ou durante a deglutição; Falta de controle oral e mobilidade de língua; Sensibilidade oral e/ou faríngea alterada.Cabeça para trás (fase oral).

Objetivos: Facilitar a ejeção e Diminuir o tempo de trânsito oral.

Indicação: Mobilidade de língua comprometida.

Contra-indicado: Risco de aspiração antes e/ou durante a deglutição

- Cabeça inclinada (fases: preparatória, oral e faríngea)

Objetivos: Manutenção do alimento em cavidade oral; Ejeção da boca até o esôfago pelo lado inclinado;

- Indicações: Falta de controle oral (mobilidade de língua); Sensibilidade oral e/ou faríngea alterada; Paralisia de constritores faríngeos unilateral; Paralisia laríngea unilateral;Ressecções de hemilaringe.

- Cabeça virada (fase faríngea)

Objetivos: Proteção de V.A.; Facilitar a passagem da faringe para esofâgo

_Indicações: Paralisia de constritores faríngeos unilateral; Paralisia laríngea unilateral; Ressecções de hemilaringe;
- Combinadas (fases: preparatória, oral e faríngea)

Objetivos: variados
_Indicações: diversas

Manobra supraglótica (fase faríngea)

Objetivos: Manter fechamento glótico prolongado; Aumentar o tempo de apneia da deglutição.

Indicações: Aspiração/penetração durante a deglutição; Sensibilidade laríngea prejudicada; Cognitivo preservado.

Procedimento:

-Antes de deglutir, prender a respiração (apnéia)
-Deglutir
-Pigarrear
-Deglutir
-Voltar a respirar

Manobra super supraglótica (fase faríngea)

Objetivos: Manter fechamento glótico prolongado; Promover fechamento supraglótico - base de língua.

Indicações: Aspiração/penetração durante a deglutição; Sensibilidade laríngea prejudicada; Cognitivo preservado.

Procedimento:
-Antes de deglutir, prender a respiração (apnéia)
-Deglutir com muita força cervical
-Pigarrear
-Deglutir com esforço
-Volta a respirar

Manobra Mendelsohn (fase faríngea)

Objetivos: Promover elevação laríngea; Auxiliar na abertura do EES;

Indicações: Elevação laríngea prejudicada; Cognitivo alterado.

Procedimento:

-Passivo: terapeuta eleva laringe e a mantém;

-Ativo: Pc inicia a deglutição, mantém a laringe elevada até o término

Terapia direta:

Manobra Masako (fase faríngea)

Objetivos: Melhorar a passagem do bolo da boca para o esôfago; Minimizar estase em recessos faríngeos;

Indicações: Paresia, fraqueza ou hipotonia de constritores da faringe; Cognitivo preservado.

Procedimento: Deglutir com a língua entre os dentes.

Manobra de limpeza dos recessos faríngeos (fase faríngea)
-Múltiplas deglutições (deglutições secas).
- Deglutição dura (com esforço)
- Emissão de fonemas guturais (“ri ri ri”)
- Estalos de lábios protraídos
-Valsava (deglutição com esforço inclusive abdominal)
- Valsava modificada (cabeça para trás, inflar bochechas e soprar com esforço e deglutir)
-Intercalar deglutições com sólidos e líquidos.
A terapia fonoaudiológica é individualizada, personalizada para cada paciente conforme suas necessidades, nível de cognição/compreensão, capacidades musculares e funcionais, sempre respeitando capacidades e os limites físicos em contexto.



Fonte: 
http://www.portaleducacao.com.br/fonoaudiologia/artigos/40828/planejamento-fonoterapeutico?utm_source=ALLINMAIL&utm_medium=email&utm_content=51249564&utm_campaign=Top%2010%20-%20067%20-%20Fonoaudiologia&utm_term=y.jm.lt92.yu82bo.f.we.a9mbv.z.w.yy.rmbh.v.gb#ixzz2RQlLw7XP


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