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A Dislexia de forma anatômica


Conforme Crossman, no Córtex Cerebral podem ser distinguidas diversas áreas, com limites e funções relativamente definidos. A diferença entre elas reside na espessura e composição das camadas celulares e na quantidade de fibras nervosas que chegam ou partem de cada um.
O Córtex Cerebral possui divisões e, dentro desta, localiza-se o lobo parietal que é o responsável pela função da percepção, memória e análise visual. Ocorrendo uma disfunção neste lobo haverá o que chamamos de dislexia.
O Lobo Parietal – (localizado a partir do sulco central para trás). O lóbulo parietal superior é responsável pela interpretação da informação sensorial geral e pelo conhecimento consciente da metade contralateral do corpo. Nesse local, as lesões comprometem a interpretação e a compreensão das entradas sensoriais, e podem causar o abandono da outra metade do corpo. O lóbulo parietal inferior forma a interface entre o córtex sômato-sensorial e os córtices de associação visual e auditiva, respectivamente, dos lobos occipital e temporal, e, no hemisfério dominante, contribui para as funções da linguagem.
A lesão do corpo parietal esquerdo causa:
  • Crises parciais: ataques paroxísticos de sensações anormais, propagadas pelo lado contralateral do corpo (crises sensoriais).
  • Deficiências sensório-motoras: perda hemissensorial contralateral e perda do campo visual inferior.
  • Deficiências psicológicas: incapacidade de dar nome aos objetos e perda da capacidade de ler (alexia), escrever (agrafia) e calcular (acalculia).
A lesão do lobo parietal direito causa:
  • Crises parciais: ataques paroxísticos de perturbações sensoriais afetam o lado contralateral do corpo (crises sensoriais simples).
  • Deficiência sensório – motora: perda hemissensorial contralateral do campo visual inferior.
  • Deficiências psicológicas: incapacidade de copiar e de construir esquemas devido à desorientação espacial (apraxia de construção).


Sinais que aponta para a Dislexia

1 Antes da alfabetização – mais ou menos aos 03 e 04 anos:
  • Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem.
  • Dificuldade de decorar versos, aprender canções e contar histórias, fazer rimas e narrar histórias.
  • Problemas na motricidade fina (recortes com tesoura, desenhos) e na grossa (caminha de forma desengonçada, tropeça com facilidade).
  • Falta de interesse em livros. Só se interessa por aqueles que tenham muitas figuras.
  • Dificuldade com quebra-cabeças.
  • Confunde conceito de ontem/hoje/amanhã (orientação temporal).
  • Sabe separar fichas por cores, mas não decoram o nome da cor.
  • Incidência maior em canhotos e ambidestros.
    • Sinais da idade escolar
  • Ocorrem trocas ortográficas, mas dependem do tipo de dislexia (em 80% dos casos, a letra do disléxico será é feia ou com incidência de inversão, como “b” virado).
  • Problemas para reconhecer rimas e fonemas repetidos.
  • Desatenção e dispersão.
  • Desempenho escolar abaixo da média em matérias específicas que dependem da linguagem escrita.
  • Dificuldade de coordenação motora fina (para escrever, desenhar e pintar) e grossa (descoordenação).
  • Dificuldade de copiar as lições do quadro ou de um livro.
  • Confusão entre esquerda e direita, observáveis na ginástica e no trabalho com mapas.
  • Dificuldade de expressão: vocabulário pobre, frases curtas, estrutura simples e sentenças vagas.
  • Esquecimento de palavras.
  • Problemas de conduta.
  • Desinteresse ou negação da necessidade de ler.
  • Leitura demorada, silabada. Esquecimento de tudo o que lê.
  • Desnível entre o que ouve e o que lê (aproveita o que ouve, mas não o que lê).

Além disso, os indivíduos disléxicos podem apresentar:
  • Família com histórico de dislexia ou dificuldades de aprendizagem.
  • Dificuldades em ler relógio analógico e saber seqüência dos meses.
  • Dificuldades na aprendizagem de língua estrangeira.
  • Podem manifestar problemas emocionais relacionados a auto-estima, frustração, ansiedade e até mesmo atitudes agressivas.
  • Dificuldade de retenção de texto (precisam ler mais de uma vez para entender).
Nem todos os disléxicos desenvolvem os mesmos dons, mas eles certamente possuem algumas funções mentais em comum.

Seguem as habilidades básicas de que todos os disléxicos compartilham:
  • São capazes de utilizar seu dom mental para alterar ou criar percepções (a habilidade primária).
  • São altamente conscientes do meio ambiente.
  • São mais curiosos que a média.
  • Pensam principalmente em imagens em vez de palavras.
  • São intuitivos e capazes de muitos insights.
  • Pensam e percebem de forma multidimensional (utilizando todos os sentidos).
  • Podem vivenciar o pensamento como realidade.
  • São capazes de criar imagens muito vívidas.
Estas oito habilidades básicas se não forem suprimidas, anuladas ou destruídas pelos pais ou pelo processo educacional resultarão em duas características: inteligência acima do normal e extraordinária criatividade. A partir daí, o verdadeiro dom da dislexia gera o dom da mestria. Este dom se desenvolve de muitas maneiras e em muitas áreas. Para Albert Einstein, foi na física; para Walt Disney, nas artes; para Magic Johnson, no esporte.
Ou seja, é um transtorno severo e persistente da aprendizagem da leitura e escrita em indivíduos com condições intelectuais normais e freqüência escolar adequada. Mais especificamente, a dislexia é um transtorno específico nas operações envolvidas no reconhecimento das palavras e compromete, em maior ou menor grau, a compreensão da leitura. 
A dificuldade é de um grau clinicamente significativo, medido por testes padronizados, apropriados à cultura e ao sistema educacional. Os disléxicos estão atrasados, na leitura e na escrita no mínimo dois anos com relação aos seus colegas. Existe uma moderada evidência de origem genética, o que requer um tratamento e que envolve um processo laborioso, sujeito a recaídas e, fundamentalmente, associado à família e à escola, demandando também uma equipe multidisciplinar para seu diagnóstico e tratamento, sendo que, a equipe, deve ser composta por neurologistas, psicólogos, psicopedagogo e fonoaudiólogo.

Fonte - grupopsicopedagogiando.blogspot.com

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