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Apnéia do Sono - A importância do tratamento

O QUE É O SONO?

Sono é o nome dado ao repouso que fazemos em períodos de cerca de 8 horas em intervalos de cerca de 24 horas. Durante esse período, nosso organismo realiza funções importantíssimas com consequências diretas à saúde, como o fortalecimento do sistema imunológico, secreção e liberação de hormônios (hormônio do crescimento, insulina e outros), consolidação da memória, isso sem falar no relaxamento e descanso da musculatura.

A IMPORTÂNCIA DO SONO

Passamos cerca de um terço de nossa vida dormindo. Dormir bem é essencial não apenas para ficar acordado no dia seguinte, mas, para manter-se saudável, melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade. Nosso desempenho físico e mental está diretamente ligado a uma boa noite de sono. O efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de uma embriaguez leve: a coordenação motora é prejudicada e a capacidade de raciocínio fica comprometida, ou seja, sem o merecido descanso, o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas. O que nos aconteceria se não dormíssemos?

Em estudo realizado pela Universidade de Chicago – EUA, onze pessoas com idades entre 18 e 27 anos foram impedidas de dormir mais de quatro horas durante seis dias. O efeito foi assustador. No final do período, o funcionamento do organismo delas era comparado ao de uma pessoa de 60 anos de idade. E os níveis de insulina eram semelhantes aos dos portadores de diabetes. Em pesquisas de laboratório, ratos usados como cobaias não aguentaram mais de dez dias sem dormir. A consequência: morte por infecção generalizada.

APNEIA DO SONO

É uma doença grave na qual paradas respiratórias (apneias) ocorrem repetidamente durante o sono. Estas paradas respiratórias provocam inúmeros microdespertares durante o período do sono, que duram poucos segundos e não ficam registrados na memória. É por isso que a pessoa nunca lembra desses microdespertares pela manhã. Quem está ao lado, costuma perceber, sendo muito difícil para o portador de apneia acreditar ou aceitar essa verdade, pois acha que dorme bem e durante toda à noite.

O ronco e simplesmente a tradução sonora que indica diminuição ou estreitamento da via aérea durante a passagem do ar. Se o referido estreitamento torna-se severo, objetiva-se o fechamento ou colapso da via aérea, resultado da apnéia. A apnéia é arbitrariamente definida como parada da respiração ou interrupção do fluxo aéreo por no mínimo 10 segundos. A Hipopnéia é definida como significante diminuição de oxigenação (dessaturação da oxihemoglobina) e/ou despertares transitórios.

As apnéias e hipopnéias são classificadas em três categorias (tipos): central, obstrutiva e mista, sendo as duas últimas as mais freqüentes e comuns.

Apnéia central ocorre como resultado de uma disfunção do sistema nervoso central (SNC) em gerar o devido estímulo para os músculos da caixa torácica, não se iniciando o esforço respiratório.

Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS) ocorre quando o esforço respiratório é iniciado mas, o ar não chega a atingir os pulmões em decorrência da obstrução da via aérea. A passagem do ar pela via aérea se estende desde a nasofaringe (palato duro) até a laringe.

Apnéia Mista ocorre quando inicialmente não existe esforço inspiratório mas, subseqüentemente, quando o esforço é iniciado a apnéia persiste em decorrência do colapso da via aérea.


Indivíduos são considerados portadores da Apnéia do Sono quando o índece de Apnéia+Hipopnéia é superior a 5-10 eventos por hora. Usualmente utiliza-se a sigla IAH para refeir-se ao Índice de Apnéia+Hipopnéia.

A função dos microdespertares é de que a pessoa realize algum movimento que a faça voltar a respirar (estratégia utilizada pelo cérebro para manter a pessoa viva) e, em poucos segundos, volte a aprofundar o sono. Porém, em seguida, ocorrerá nova apneia, reiniciando o ciclo, e causando sucessivas interrupções durante todo o período em que a pessoa estiver dormindo. É este o responsável pelo cansaço e sonolência no dia seguinte.

Porém, é importante salientar que no início da doença o indivíduo ainda apresenta disposição, pois os sintomas não aparecem todos juntos. Com o passar do tempo, eles vão se somando e causando a piora no quadro.

Quando dormimos mal uma noite, precisamos de uma semana inteira dormindo bem, para podermos nos recuperar dela. A apneia do sono é a causa de grande maioria das doenças, devido a privação crônica do sono de boa qualidade. Dormir bem é fundamental para a produção de hormônios e outras substâncias.

É correto dizer: o que há nas farmácias como “remédios”, é produzido naturalmente pelo nosso corpo durante o sono, desde que seja um sono reparador. Quando dormimos mal, o sono se torna instável, superficial, insuficiente e de má qualidade, mesmo num período de 8 horas. Assim, não importa somente o número de horas na cama, mas a QUALIDADE DO SONO e QUE ELE SEJA REALMENTE REPARADOR. Para que isso ocorra, é imprescindível RESPIRAR BEM E OXIGENAR O CÉREBRO, O CORAÇÃO E O RESTANTE DO NOSSO ORGANISMO.

O QUE PROVOCA APNEIA?

A Apneia Obstrutiva do Sono é a grande e principal forma de apneia e é provocada por alterações anatômicas como o aumento das adenóides e amígdalas, pólipos nasais e aumento dos cornetos, palato caído e estreitamento da faringe.

Este distúrbio acontece quando a via aérea superior fica bloqueada durante o sono. O bloqueio acontece quando os tecidos do palato mole, da úvula (também conhecida como, campainha) e da garganta entram em colapso e fecham durante o sono, causando o bloqueio da via aérea superior e a ocorrência da apneia. É um problema físico que bloqueia mecanicamente a passagem do ar, e aí está seu grande perigo, pois acontece enquanto a pessoa está dormindo.

Pode ocorrer em qualquer idade, mesmo em pessoas magras ou com peso adequado.

Há muitos anos, achava-se que era uma doença que só ocorria em pessoas obesas e com pescoço grosso. Isso apenas denota o preconceito sobre a forma física, pois a apneia pode ocorrer em qualquer situação e é o que se constata no dia a dia em nossa vasta experiência clínica.


DOENÇA FREQUENTEMENTE CARACTERIZADA POR:

Ronco;
- Paradas na respiração enquanto dorme;
- Sensação de asfixia ou engasgo com o próprio ar ao acordar;
- Sonolência excessiva durante o dia;
- Boca seca;
- Cansaço ao acordar;
- Dor de cabeça;
- Dificuldade em perder peso;
- Ansiedade;
- Irritação;
- Mau hálito;
- Insônia;
- Pressão alta;
- Arritimia cardíaca;
- Angina;
- Impotência;
- Baixa libido;
- Alterações de memória e raciocínio;
- Baixo rendimento nas atividades diárias;
- Amargo na boca;
- Dor de garganta;
- Pele pálida ou azulada (Cianose);
- Sono agitado;
- Urina noturna (ter que levantar várias vezes à noite para urinar).

TRATAMENTO:

A Apneia do sono em estado avançado pode levar a acidentes, depressão e outras complicações. Por isso, é muito importante a prevenção e o tratamento precoce.

TRATAMENTO DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

Como o nome diz, o problema que causa esta doença é a OBSTRUÇÃO da passagem do ar e oxigênio necessários para mantermo-nos vivos, enquanto dormimos. O ar deve seguir livre através do nariz e da garganta até chegar aos pulmões com o volume e pressão corretos. Durante este percurso, os tecidos que se colocarem como bloqueadores, impedirão o fluxo normal da passagem deste ar e serão responsáveis pelo surgimento da apneia. Imagine que com a própria mão, você fecha o nariz e a boca por 30 segundos, umas 20 a 30 vezes por hora. Trazendo riscos e uma péssima qualidade de vida.

Qualquer tratamento médico deve ser muito bem compreendido para se ter SUCESSO. Para resolver a obstrução deve-se reposicionar os tecidos que estão no caminho do ar e do oxigênio.


TRATAMENTO COM CIRURGIA

Ainda nos dias atuais, a grande maioria dos portadores de apneia do sono permanecem sem tratamento. Nos últimos anos isso vem mudando e cada vez mais precocemente as pessoas tem procurado o tratamento médico.

A CIRURGIA É MUITO SIMPLES E DURA EM TORNO DE 30 MINUTOS, O PACIENTE É LIBERADO DO HOSPITAL NO MESMO DIA.


A técnica cirúrgica utilizada consiste no reposicionamento e plástica dos tecidos que estão obstruindo a passagem de ar nas vias aéreas.

TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO PARA MELHORAR A APNEIA DO SONO.




Exercícios contra a apneia
Terapia alternativa reduz em 60% os sintomas de distúrbio respiratório do sono.


Um tratamento pouco convencional pode ajudar boa parte dos portadores da chamada síndrome da apneia obstrutiva do sono a dormir melhor: fazer diariamente uma série de exercícios físicos para fortalecer a musculatura da garganta em torno da língua, do palato mole (parte posterior do céu da boca) e das paredes laterais da faringe. Testada durante três meses em 31 pacientes do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (InCor) de São Paulo que sofriam de um grau moderado de apneia, a nova abordagem diminuiu em cerca de 60% os sintomas desse disseminado problema de saúde, caracterizado por breves interrupções na respiração durante o sono que fazem a pessoa despertar momentaneamente mesmo sem se dar conta disso. Um indivíduo recebe o diagnóstico de apneia moderada quando apresenta entre 15 e 30 eventos de falta de ar por hora de sono. Os casos leves têm menos de 15 episódios por hora e os graves, mais de 30.
A redução expressiva no número de episódios de falta de ar é o principal dado que mostra os benefícios da terapia alternativa. Antes de participarem do estudo, os pacientes apresentavam, em média, 22,4 eventos de pausa na respiração por hora durante a noite. Ao fim do experimento, passaram a ter 13,7 interrupções por hora. Outros parâmetros ligados à qualidade geral do sono também melhoraram.
A intensidade e a frequência do ronco, muitas vezes associado à apneia, decresceram. A sonolência diurna regrediu. A circunferência média do pescoço dos voluntários do estudo encolheu cerca de 1 centímetro, abrindo assim mais espaço para o ar entrar e circular no sistema respiratório. “Provavelmente os exercícios também devem ser benéficos para quem tem apneia leve”, explica o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, coordenador do trabalho científico, cujas principais conclusões saíram num artigo publicado na edição de maio deste ano do American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine. Mas nos casos mais graves o tratamento alternativo não deve dar resultados e os doentes terão de continuar usando o CPAP, um aparelho portátil que regulariza a respiração durante o sono.
A ideia de testar o uso de exercícios na região da garganta para combater a apneia foi da fonoaudióloga Katia Guimarães, também autora do estudo científico, que dedicou sua tese de doutorado, defendida no InCor no ano passado, ao tema. Há uns dez anos, quando trabalhava em Botucatu na Universidade Estadual Paulista (Unesp), ela fez estudos em ca­dáveres e verificou que a sensação de ter um “bolo” na garganta, relatada por muitos pacientes com apneia, tinha relação com alterações anatômicas na região da orofaringe. Em seguida, constatou que o movimento constante de certos órgãos da boca poderia alterar a musculatura dessa área e ser benéfico. “Pensei que, por meio de exercícios executados durante o período de vigília, poderíamos melhorar o tônus da musculatura da via aérea superior e diminuir a apneia”, diz a fonoaudióloga.
A estratégia parecia pouco ortodoxa, mas ganhou impulso em 2005 quando o British Medical Journal publicou um artigo muito interessante sobre apneia. No trabalho, pesquisadores suíços mostravam que tocar um instrumento de sopro originário dos aborígenes australianos, o didgeridoo, que lembra um berrante, diminuía os sintomas da apneia. A relação entre as duas abordagens é clara para os pesquisadores. “Esse instrumento parece exercitar os mesmos músculos que a terapia testada no InCor”, comenta Lorenzi Filho.
Embora os primeiros resultados dos estudos sobre o emprego de exercícios bucais contra a apneia sejam promissores, a nova terapia ainda permanece com o status de experimental e não dever ser feita sem o auxílio de uma fonoaudióloga e supervisão médica. Até porque a execução de movimentos errados não produzirá os mesmos efeitos obtidos no trabalho científico. E há diferentes tipos de exercícios a serem feitos, envolvendo a língua, o palato mole, as bochechas, às vezes com o auxílio de uma escova de dentes ou de um dedo.



APNEIA DO SONO PODE SER TRATADA COM APARELHO INTRA-BUCAL



Os distúrbios do sono têm tratamento e cura, sendo que – independente da idade – é possível resolve-los. São várias as formas de tratamento, que passam pela denominada Medicina do Sono e também pela Odontologia do Sono. “Os pacientes realizam exames, seguem orientações e podem inclusive usar aparelhos intra-bucais, que aumentam o espaço da orofaringe e favorecem a respiração adequada, sem a obstrução das vias respiratórias”.

CASOS MAIS GRAVES SEM CIRURGIA O PORTADOR UTILIZA UM APARELHO PARA DORMIR



RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES


É importante lembrar que na identificação dos sintomas descritos, o médico deve ser consultado para que seja confirmado ou não o disgnóstico de Apnéia do sono. Uma boa parte da população sofre da doença e não sabe, algo perigoso tendo em vista os riscos que ela oferece a saúde.
Portanto, nada de pensar que é normal roncar ou ter um sono muito agitado. Apnéia é coisa séria e deve ser tratada como tal!




Autor: Marcos Pivetta
Fonte: FAPESP online
http://www.doutorpaulogodoy.com.br/

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