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Comunicação Alternativa: "Qualquer maneira de comunicar vale a pena"

O III Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa – ISAAC Brasil teve como objetivos dar continuidade ao desenvolvimento e divulgação da Comunicação Alternativa no Brasil nas áreas de pesquisa, clínica e educacional, bem como consolidar a instituição do capítulo brasileiro vinculado à ISAAC. Este foi realizado no ano de 2009 no qual participei e dei início ao meu projeto profissional de fazer algumas crianças no qual convivo no meu âmbito de trabalho se comunicarem através da Comunicação Alternativa. Quero deixar aqui, e iniciar falando o que é a Comunicação Alternativa e como trabalhar com ela para o aprendizado da linguagem e da alfabetização com crianças que não possuem oralidade, porém possuem um cognitivo para desenvolverem todos os aspectos relacionados ao que chamamos de "Letramento ou Alfabetização".

O que é Comunicação Alternativa?
O termo Comunicação Alternativa e Ampliada é utilizado para definir outras formas de comunicação como o uso de gestos, língua de sinais, expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, até o uso de sistemas sofisticados como o computador com voz sintetizada.
A comunicação é considerada alternativa quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação, e considerada ampliada quando o indivíduo possui alguma comunicação, mas essa não é suficiente para suas trocas sociais.
No Brasil a CAA vem sendo traduzida de diferentes maneiras:

•Comunicação Alternativa e Aumentativa

•Comunicação Alternativa e Suplementar

•Comunicação Alternativa e Ampliada

Quem trabalha com Comunicação Alternativa?

Muitos profissionais podem estar envolvidos no trabalho da tecnologia assistiva como engenheiros, educadores, terapeutas ocupacionais, protéticos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, oftalmologistas, enfermeiras, assistentes sociais, especialistas em audição, entre outras áreas.

Os sintomas alternativos e ou aumentativos de comunicação são usados em pacientes que não tem possibilidade de se comunicar verbalmente ou cuja fala seja de difícil inteligibilidade.
Os sistemas são vários, sendo o P.C.S. (Picture Communication Symbols) e o Bliss os mais conhecidos.
O P.C.S. é constituído de pequenas figuras que representam de forma pictográfica o que o paciente quer falar. Se ele quiser dizer: "Eu quero ir na casa da vovó", haverá uma figura para "eu" e outras para "quero", "ir", "casa" e "vovó". Não temos neste método palavras que indiquem elementos de ligação, nem plural ou flexão verbal, o que é um pouco limitante.
Os símbolos são colocados em pranchas ou pastas, de acordo com a convivência de cada criança. Cada pasta é individual e vai conter um vocabulário que preencha as necessidades de cada paciente.
Existem 3 tamanhos de símbolos, sendo que com crianças menores devemos iniciar com figuras maiores para posteriormente irmos diminuindo a fim de que caibam mais figuras na prancha.
Muitas vezes a criança não tem como apontar para as figuras e ela vai ter que mostrar apenas com o olhar os símbolos que traduzam o que ela quer.
A terapeuta ocupacional vai ter enorme importância no auxilio da fonoaudióloga, pois é ela quem vai dizer qual o posicionamento correto da criança e o tamanho adequado da prancha.
Às vezes é necessário que a fonoaudióloga comece com gravuras de revista ou mesmo com fotos da vida diária do paciente.
Atualmente já existe no Brasil o Board Maker, processo computadorizado no qual as pranchas são montadas e impressas conforme a necessidade do paciente.
O sistema Bliss é mais sofisticado do que o P.C.S. e normalmente é usado com crianças mais velhas e adolescentes com bom nível intelectual. Ele é iconográfico, isto é, seus símbolos não são compreensíveis à primeira vista, exigindo uma interpretação do paciente. Embaixo dos símbolos, tanto no Bliss como no P.C.S. há a palavra escrita para que o interlocutor possa entender a mensagem.
O Bliss compreende elementos de ligação, flexão verbal, plural e concordância, sendo mais difícil, mas mais completo que o P.C.S. De forma geral o P.C.S. é mais usado que o Bliss.
Para fazer uso destes sistemas, a criança deve ter atenção e um nível intelectual razoável. A Fonoaudióloga por sua vez deve ter um bom conhecimento sobre o desenvolvimento da linguagem. A finalidade da prancha não é de que a criança aponte figuras e sim que ela se comunique por meio delas.
A total integração entre Fonoaudióloga, criança, escola e família é condição básica para o sucesso da comunicação alternativa.
PRANCHA DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA

software de apoio

4 comentários:

Josefa Barbosa disse...

Querida Leandra, sou professora, Psicopedagoga e concluinte de especialização em AEE. Visitei sua página e amei a forma como você trabalha, parabéns!!!

Anônimo disse...

Oi Leandra, gostaria de apresentar a Mesa de Comunicação Altenativa: COMUNICAFÁCIL - é só acessar www.especialtec.com.br

Anônimo disse...

Oi Leandra, gostaria de apresentar a Mesa de Comunicação Altenativa: COMUNICAFÁCIL - é só acessar www.especialtec.com.br

Anônimo disse...

Oi Leandra, gostaria de apresentar a Mesa de Comunicação Altenativa: COMUNICAFÁCIL - é só acessar www.especialtec.com.br

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