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A aquisição da escrita e os pré-requisitos essenciais


A linguagem escrita é uma das múltiplas linguagens de expressão da criança, devendo, com isso, ser tratada como objeto de conhecimento no contexto das demais linguagens.

Sendo a linguagem escrita uma expressão que exige habilidades e competências, e a aquisição dessa linguagem, por conseguinte, exige a aplicação de uma metodologia de trabalho, a pergunta que não consegue se calar em nossa mente agitada de educador seria a seguinte: qual é o melhor método para esse aprendizado? O que vem antes, a leitura ou a escrita? Por onde começar? A questão exige uma reflexão. Você consegue lembrar quando foi alfabetizado(a)? Por quem foi alfabetizado(a)? Você sabe se primeiro teve que escrever? Ou foi o contrário? Você lembra de seu desempenho na educação infantil? Até poderíamos ir mais longe e perguntar se você fez educação infantil. Você lembra se tinha consciência de que o mundo poderia ser lido ou escrito?



Na verdade, cada um vive um processo e encontra o caminho de ler ou escrever o mundo, expressando-se de forma diferente da que se expressava no período da pré-alfabetização.

No contato que temos com os pais e educadores, notamos a existência de uma concepção confusa sobre os objetivos básicos que norteiam o trabalho escolar com as crianças pequenas. Isso certamente acarreta dúvidas, insegurança e angústia. Entre as dúvidas mais freqüentes, temos a questão: seria a educação infantil uma preparação para a alfabetização? Parece que essa incerteza é alimentada pela concepção de que as salas de alfabetização são um espaço físico onde se ensina a ler, a escrever e a fazer contas, isso é, ensina-se Português e Matemática. Pensa-se ainda que a educação infantil nos estágios mais avançados seja uma preparação para essa etapa, ou até mesmo que o 2º estágio seja a classe que cumpre esse objetivo. Ora, a pré-escola é a preparação da criança como um todo. O potencial afetivo, social, cognitivo, emocional, motor etc... da criança será estimulado. Assim, estão sendo preparadas para a realização de outras atividades cada vez mais complexas, desenvolvendo-se a seu tempo, brincando e reforçando habilidades que as tornarão emocionalmente e neurologicamente capazes de adquirirem a escrita.

Nós, educadores, sabemos que a alfabetização significa o domínio da leitura e da escrita, cujo processo é longo. Para que a criança domine a escrita, é necessário que antes ela passe por uma série de etapas em seu desenvolvimento, sendo então preparada para a aquisição da escrita e da leitura. Essas etapas compõem a chamada fase da pré-escola.

Como a alfabetização é um processo complexo para as crianças, é importante respeitar o período preparatório que dará a criança o suporte necessário para prosseguir sem que apresente grandes problemas. Se ela não teve uma boa preparação, poderá, na alfabetização, apresentar dificuldades em relação à orientação espacial ou à coordenação motora fina. Esses dois pré-requisitos são essenciais para o domínio da ferramenta (lápis) que desenhará o contorno das letras. Por isso, não poderemos nos precipitar. O período propício à alfabetização é entre 6 e 7 anos. Segundo Freud é a chamada “fase latente”, que é quando a criança não tem mais interesse em descobrir o corpo, podendo assim se dedicar ao“aprender a escrever e a ler”.

O processo de alfabetização não acontece como um passe de mágica. Levará até 02 anos, dependendo da maturidade da criança, do preparo dos estímulos na escola e em casa. Com certeza, daí por diante, a criança terá que aperfeiçoar a gramática, a compreensão e a interpretação, além da produção de textos. Para que ela chegue a atingir todo esse domínio sobre a escrita, ela necessita também de afetividade, sono, saúde, ótima alimentação e ambiente familiar tranqüilo.

Para que uma criança seja alfabetizada, ela necessita também de ter uma auto-estima elevada, estar bem emocionalmente, ter segurança e saber portar-se em grupo, ter disciplina e limites, e ir, aos poucos, ganhando independência e responsabilidade.

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